A eventual venda da propriedade


Por que eu não vou assinar esse documento de venda.

Por uma questão de biografia, a visão que eu tenho sobre a venda dessa propriedade é muito diferente da dos demais herdeiros. Eu tenho uma ligação sentimental com essa propriedade. Sentimental, além de espiritual e emocional. A grande maioria dos herdeiros (com exceção talvez de Eloisa, Eliane e Regina) não têm nem nunca tiveram envolvimento emocional, primeiro com o boteco e depois com o restaurante. Não participaram da construção desse patrimônio. Não moveram uma palha para a criação dessa história. Portanto, a visão que essas pessoas secundárias têm a respeito dessa questão é agora meramente financeira. Só querem a grana que, por Lei, lhes cabe. Compreendo. Mas não é o meu caso. Porque eu estive presente em todos os grandes momentos dessa história. Desde o primeiro dia em que abrimos o boteco. Desde o primeiro dia que abrimos o restaurante. E por causa disso resolvi escrever um depoimento onde explico as razões pelas quais eu (não) vou assinar esse documento de venda dessa querida propriedade. Porque meu corpo, meu coração e minha alma estão imbricados nos alicerces dessa história.


Para ver detalhes dê um click AQUI.


Porém, antes de explicar as razões, é preciso que eu conte um pouco da história.


Ainda estou redigindo o texto definitivo.
Edson Marques.
03.12.22. 22h58.



Minha Mãe só começou a ter sossego, só começou a ter uma vida boa, quando alugamos o restaurante para os Gaúchos. Em 1994.


Mas por que será que o meu Pai não continuou tocando a Churrascaria depois que eu fui pra São Paulo em 1972?

Por que será que, nove meses depois que eu parti, meu Pai arrendou a Churrascaria para o Jeová...

(Eu até chorei quando fiquei sabendo disso. Mas para mim já não era mais possível voltar pra Itararé. Até porque o contrato era irrescindível, e com duração de três anos.)



A propósito da venda...


Bom frisar que essa propriedade só cresceu até 1971. Depois que eu fui para São Paulo (em Janeiro de 1972, para estudar Filosofia na USP), não compramos nem sequer um metro quadrado de terreno. Ou seja, sem mim o patrimônio não cresceu. Aliás, diminuiu. Era eu quem gerenciava a Churrascaria do Luizito. Apesar do trabalho árduo da minha Mãe, sem mim nada funcionava. Tanto que, nove meses depois que eu parti, meu Pai arrendou o restaurante para o Jeová, num contrato de três anos. Em seguida, mais três anos para o Lico. Foram seis anos de ruína financeira para a família. O terreno onde tínhamos a casa de madeira (ao lado do estacionamento) foi vendido para o Otávio, por volta de 1975. Depois, no início dos anos 90, criamos a Choperia (*), construída quase totalmente com dinheiro que eu mandei. Eu cheguei a deixar cheques assinados em branco para o Zezé usar nesse projeto (Júnior e Eliane lembram-se disso, e mandaram-me recentemente um testemunho por escrito). A Eloisa e a Regina devem se lembrar disso também. É só perguntar pra elas.

(*) A então Choperia (que, economicamente, foi um fracasso monumental) é hoje o salão à esquerda de quem entra na Churrascaria dos Gaúchos.


Voltemos aos tempos mais recentes...



Mas de vez em quando aparecem coisas estranhas... Veja a seguir

Zé Reinaldo não é herdeiro necessário. Não é herdeiro direto. (E eu nem sei se ele é casado em regime de comunhão universal de bens com a Rosana). Mas ele, pateticamente, acha-se no direito de ficar se intrometendo nesse assunto.
 
Ele não se toca... rs!

Veja o absurdo a seguir
Este 👆 é um caso muito estranho!

Zé Reinaldo (aquele que nunca moveu uma palha para a construção desse patrimônio), em 2022, tentou vender o espólio inteiro, ainda na fase de inventário, concedendo-se a si mesmo a função de CONTRATANTE, e nomeando como corretor um sujeito desconhecido, que então nem CRECI tinha. E ainda deu a esse sujeito desconhecido EXCLUSIVIDADE DE VENDA (sem prazo de vencimento).

Claro que eu recusei!

Por isso ele começou a ficar brabo comigo... rs!


A seguir um pouco de história 

Ela, já viúva, aos 49 anos.


Meu Pai, aos 30 anos de idade, quando voltou do sítio, completamente sem dinheiro e com cinco filhos pra criar. No primeiro ano da lavoura ele perdeu tudo o que tinha. No segundo ano, perdeu capitais de terceiros. A lavoura não deu certo. Ele não tinha experiência na área. Mas era preciso arriscar a vida para salvar os filhos da morte...


A Mãe aos dezoito anos de idade.

Minha Mãe cozinhando no restaurante, em meados de 1978, logo após termos reassumido, depois de três anos para o Jeová e três anos para o Lico.  Um ano depois o Pai morreu. Então veio a fase em que o Paulo e Zezé assumiram (alternadamente), e tivemos um resultado extremamente lamentável. 


Foto que eu fiz em frente ao nosso boteco, em 1963. 



Paulo, ao lado de Zezé e Rosana, orientando Maria Inês a olhar para a câmera.

Paulo, Zezé e Rosana.


Foto que fiz do Pai em 1966. Ao perceber que eu iria fazer a foto, ele mesmo, sorrindo, abaixou a cinta para mostrar a barriga.


O dia em que tudo começou.




A propósito da venda...


Bom frisar que essa propriedade só cresceu até 1971. Depois que eu fui para São Paulo (em Janeiro de 1972, para estudar Filosofia na USP), não compramos nem sequer um metro quadrado de terreno. Ou seja, sem mim o patrimônio não cresceu. Aliás, diminuiu. Era eu quem gerenciava a Churrascaria do Luizito. Apesar do trabalho árduo da minha Mãe, sem mim nada funcionava. Tanto que, nove meses depois que eu parti, meu Pai arrendou o restaurante para o Jeová, num contrato de três anos. Em seguida, mais três anos para o Lico. Foram seis anos de ruína financeira para a família. O terreno onde tínhamos a casa de madeira (ao lado do estacionamento) foi vendido para o Otávio, por volta de 1975. Depois, no início dos anos 90, criamos a Choperia (*), construída quase totalmente com dinheiro que eu mandei. Eu cheguei a deixar cheques assinados em branco para o Zezé usar nesse projeto (Júnior e Eliane lembram-se disso, e mandaram-me recentemente um testemunho por escrito). A Eloisa e a Regina devem se lembrar disso também. É só perguntar pra elas.

(*) A então Choperia (que, economicamente, foi um fracasso monumental) é hoje o salão à esquerda de quem entra na Churrascaria dos Gaúchos.


Voltemos aos tempos mais recentes...



Em março de 2022 eu gravei um áudio em que eu dizia que jamais iria atrapalhar a venda dessa propriedade. E mantenho essa minha palavra. Sob certas condições, é claro. Transparência é uma delas. O direito de fazer perguntas sobre a eventual transação, é outra.  Aliás, em agosto de 2020 já tínhamos um site tratando disso.
Dê um click no link acima e veja.

(...)

O Júnior e a Eliane talvez ainda se lembrem de mais detalhes.





Venda.

Continuação. 05.12.22.

Mas, voltando ao assunto principal – que é a venda da propriedade. Em março deste ano eu disse que jamais iria atrapalhar a venda – e mantenho essa palavra. Porém, ao ler um documento já assinado por quase todos (e que só me foi passado cerca de noventa dias após a sua confecção) surgiram-me algumas dúvidas, que manifestei em forma de quatro perguntas, e que agora amplio para oito, quais sejam...

01. Todos que assinaram leram o texto cuidadosamente?

02. Entenderam o que está escrito?

03. Quem é o corretor José Geraldo?

04. Quem escolheu tal corretor?

05. Por que pretendem conceder exclusividade de venda a tal corretor?

06. Se o Zé Reinaldo dizia já ter um comprador, por que surge agora um corretor?

07. Por que 3% de corretagem sem negociar com outros corretores?

08. A Espaço Imóveis e outras imobiliárias foram consultadas a respeito?

09. Nesse contrato diz-se que o preço será à vista ou parcelado. Mas não se diz em quantas parcelas nem de quanto será a correção monetária das referidas parcelas?

10. Houve consulta a advogados e seguiu-se a Lei do Inventário no tocante ao prévio e indispensável procedimento etc?

(...)

Continua.



A petulância do capiau não tem limite. Veja abaixo.

Mas, desde julho de 2022, ele já estava tramando uma "procuração" à minha revelia. Numa demonstração ingênua de falta de ética. Pegou a assinatura de todos os herdeiros, menos a minha. E parece ter querido apresentar-me já um "fato consumado", só para me pressionar.

Coitado. 


A seguir mensagem que mandei ao Zé Reinaldo em 07.12.2022.



José Reinaldo, boa tarde!

Em 10/04/22 eu e você marcamos um encontro no Itararé Hotel e comparecemos. Acabei até te dando uma garrafa de vinho italiano Miluna Rosso. Mas aquilo que nesse encontro combinamos para a semana seguinte você não cumpriu.

Não cumpriu e desapareceu. E nunca mais respondeu às minhas mensagens por WhatsApp, até o dia 14/09/22.

Ou seja, você desapareceu por cinco meses e quatro dias. E não cumpriu a palavra dada a mim no dia 10 de abril de 2022.

E agora, em 25/11/22, Luiz Paulo, segundo ele a teu pedido, me entregou, para que eu assinasse, uma procuração absurda, mal escrita, obscura, quase desonesta, onde você se autointitula negociador do Espólio da minha Mãe, e ainda tenta conceder exclusividade de venda a um corretor desconhecido, sem CRECI.

Como eu disse acima, isso é quase desonesto.

Para que eu considere viável assinar tal procuração, é preciso que você me convença a respeito disso.

Se não, não!

Nos últimos dias tenho mandado a você certas dúvidas minhas a respeito dessa procuração, e você não me respondeu nada até hoje. Vou aguardar mais cinco dias por tua resposta, aqui mesmo por WhatsApp. Ou pelo e-mail Liberdata@gmail.com 

Se você não me responder neste prazo de cinco dias, mandarei a você uma Notificação Extrajudicial. E se isso não for suficiente, suponho que o melhor caminho talvez seja judicializarmos essa questão.

Caso contrário, não assinarei essa citada procuração, da forma como ela foi redigida por você. Terá que ser alterada ANTES.

Repito: não vou atrapalhar a eventual venda da propriedade, desde que haja transparência nas negociações.


Edson Marques.
Itararé. 07.12.22. 12h30.


E o que é uma demonstração cabal de burrice.

Zé Reinaldo (aquele que nunca moveu uma palha para a construção desse patrimônio) queria dar exclusividade de venda ao citado corretor desconhecido, sem CRECI, e SEM PRAZO DE VALIDADE expresso na procuração.

Burrice ou má-fé.
Veremos.



Houve um fato novo, em 09.12.22. Veja abaixo.

Documento estranho👆 feito por Zé Reinaldo, criticado, rabiscado e RECUSADO por mim.   Era uma tentativa de vender o espólio todo por um preço ridículo (*), mediante um corretor sem CRECI, ao qual se dava exclusividade de venda.

(*) Na época equivalia a 635 mil dólares.
Hoje vale um milhão de dólares.

Um absurdo!

Eu preservei o original assinado, inclusive por alguns herdeiros ingênuos.

🟥👆🟥
09.12.2022.


Veja AQUI as condições para a venda da propriedade



É por isso que o Capiau de Bom Sucesso não gosta de mim.

Aliás, nem faço questão...



Para que eu concorde e assine, essas são as minhas condições. (*)

Sine qua non.

Edson Marques. 09.12.22. 16h58.

(*) Ainda estão em aberto as condições legais dessa venda. Requisitos, etc.


🔴







Situação em 19.06.25.
.


Porém, desde 2016 eu tenho esse Plano seguinte.




Na gestão de bens, duas opções jurídicas se destacam: a holding familiar e a empresa patrimonial. Ambas visam proteger e organizar os ativos, mas atendem a finalidades diferentes. Entender suas características pode ser decisivo para a segurança do seu patrimônio e o futuro da sua família.


A holding familiar é uma empresa composta por membros da mesma família, criada para administrar bens, proteger o patrimônio e facilitar o planejamento sucessório. Seu principal benefício está na organização da herança, evitando o inventário e reduzindo disputas judiciais. Além disso, a holding permite estabelecer regras claras de governança e pode proporcionar vantagens fiscais, dependendo da estrutura adotada.


Já a empresa patrimonial tem como foco a gestão de bens, especialmente imóveis para locação, com o objetivo de otimizar a rentabilidade e simplificar a administração. Diferente da holding, não é necessário que os sócios tenham vínculo familiar. Essa estrutura é frequentemente usada para reduzir a carga tributária incidente sobre receitas de aluguel e centralizar a gestão de ativos em uma única pessoa jurídica.


Enquanto a holding familiar prioriza a sucessão e proteção dos bens familiares ao longo das gerações, a empresa patrimonial visa maior eficiência financeira e praticidade na administração dos ativos. Ambas oferecem vantagens importantes, mas a escolha ideal depende do perfil do patrimônio e dos objetivos dos proprietários.


Uma das grandes vantagens da Holding Familiar ou mesmo Empresa Patrimonial é a redução da carga tributária, uma vez que a empresa passa a pagar menos impostos sobre o patrimônio.” Além disso uma boa estrutura pode assegurar uma sucessão patrimonial tranquila e segura, evitando conflitos familiares e garantidos a continuidade dos negócios”, explicam os especialistas.


(Mas os demais herdeiros nunca quiseram saber de ideias de especialistas. Querem apenas tomar decisões equivocadas...)



Repito, só para finalizar.


A propósito da venda...


Bom frisar que essa propriedade só cresceu até 1971. Depois que eu fui para São Paulo (em Janeiro de 1972, para estudar Filosofia na USP), não compramos nem sequer um metro quadrado de terreno. Ou seja, sem mim o patrimônio não cresceu. Aliás, diminuiu. Era eu quem gerenciava a Churrascaria do Luizito. Apesar do trabalho árduo da minha Mãe, sem mim nada funcionava. Tanto que, nove meses depois que eu parti, meu Pai arrendou o restaurante para o Jeová, num contrato de três anos. Em seguida, mais três anos para o Lico. Foram seis anos de ruína financeira para a família. O terreno onde tínhamos a casa de madeira (ao lado do estacionamento) foi vendido para o Otávio, por volta de 1975. Depois, no início dos anos 90, criamos a Choperia (*), construída quase totalmente com dinheiro que eu mandei. Eu cheguei a deixar cheques assinados em branco para o Zezé usar nesse projeto (Júnior e Eliane lembram-se disso, e mandaram-me recentemente um testemunho por escrito). A Eloisa e a Regina devem se lembrar disso também. É só perguntar pra elas.

(*) A então Choperia (que, economicamente, foi um fracasso monumental) é hoje o salão à esquerda de quem entra na Churrascaria dos Gaúchos.


Voltemos aos tempos mais recentes...






A seguir, alguns links que podem ajudar nas análises da situação.

 

https://www.edson2025.com/p/c2596.html

 As dezoito questões da Casa Azul


https://www.edson2025.com/p/2616.html

 As reformas da Casa 2616


https://www.edson2025.com/p/rua15.html

 A reforma do muro da Rua 15


https://www.edson2025.com/p/space.html

 Conversas com a Espaço Imóveis


https://www.edson2025.com/p/venda.html

 A questão da venda da propriedade toda


https://churrascariafronteira.blogspot.com/2020/04/003.html

 A história da Churrascaria


https://www.edson2025.com/p/k.html  (*)

A situação da Kelly e seus filhos








A Família já morou por alguns anos numa casinha de madeira, alugada, na Rua Sete de Setembro, na Vila Beca. A situação econômica era quase desesperadora. O restaurante havia sido alugado por um valor ridículo, os recursos financeiros eram escassos, e a família era grande. As crianças brigavam por um pedaço de pão. O Pai chegou a trabalhar uns tempos na chácara do Lazico. A Mãe certa vez me disse que um dia ela foi vender um velho corte de tecido para uma vizinha, a fim de comprar comida para o almoço...






Mas por que será que o meu Pai não continuou tocando a Churrascaria depois que eu fui pra São Paulo em 1972?

Nove meses depois que eu parti, meu Pai alugou a Churrascaria para o Jeová...

(Eu até chorei quando fiquei sabendo disso. Mas para mim já não era mais possível voltar pra Itararé.)



Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.