Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
O Templo Gaúcho da Gastronomia
Trinta anos de sucesso absoluto!
Os irmãos Gaúchos (Nilvo e Armelindo) vieram à Itararé (*), há mais de trinta anos, para aperfeiçoar, juntamente com a Iza e de modo extremamente competente, uma história que começou há mais de 140 anos, com a ousadia gloriosa e destemida do meu bisavô Luiz Marques. Ousadia dele e da minha inesquecível Vó Vitalina. Obviamente, sem esquecer do trabalho incessante e abnegado da minha Mãe Iracy e do meu Pai Luizito. Mas há um ponto notável que supera em muito a competência profissional desses irmãos gaúchos. É a sua filosofia de vida. Sua bondade transbordante. Foram eles que, por mais de duas décadas ininterruptas, trataram minha Mãe de modo afetivo, generoso, compreensivo e altamente carinhoso.E isso, para mim, é e será sempre inesquecível.
Depois vamos criar um site específico para contarmos essa história com mais detalhes. E também publicaremos em livro, com cerca de 180 páginas.
Veja a maravilhosa gastronomia dos Gaúchos
Eis um café da manhã exemplar
Costela assada no tambor, linguiça toscana e medalhão de filé com bacon.
E o indispensável vinho rosé.
O café da manhã do dia 22.11.25.
A seguir o evento do dia 09.02.25.
Carnes de primeira e assadas com muito carinho e extremo
cuidado, saladas fresquinhas e crocantes, ovos cozidos e pão macio. Polenta
frita. Vinhos branco, tinto e rosé, à vontade. Tempo livre e conversa boa.
Sossego e transparência. E uma paz que lembra o Céu. É assim o Delicioso Café da Manhã no Gaúcho. Todo domingo, às nove em ponto, e sem hora pra terminar.
Pelos próximos quarenta anos.
Repito, agora com mais ênfase. Os irmãos Gaúchos (Nilvo e Armelindo) vieram à Itararé (*), há mais de trinta anos, para aperfeiçoar, juntamente com a Iza e de modo extremamente competente, uma história que começou há mais de 140 anos, com a ousadia gloriosa e destemida do meu bisavô Luiz Marques. Ousadia dele e da minha inesquecível Vó Vitalina. Obviamente, sem esquecer do trabalho incessante e abnegado da minha Mãe Iracy e do meu Pai Luizito. Mas há um ponto notável que supera em muito a competência profissional desses irmãos gaúchos. É a sua filosofia de vida. Sua bondade transbordante. Foram eles que, por mais de duas décadas ininterruptas, trataram minha Mãe de modo afetivo, generoso, compreensivo e altamente carinhoso. E isso, para mim, é e será sempre inesquecível.
(*) Com base no relato dos irmãos Nilvo e Armelindo, estou escrevendo sobre os muitos ACASOS que levaram esses dois gaúchos a virem para Itararé, no começo da década de 1990. O pequeno acidente do Nilvo com seu Passat quando ia visitar o filho Leno, o encontro dele por acaso com a surpreendente Iza num ônibus na estação rodoviária de Pato Branco, a viagem do Armelindo para Rondônia, o Jucelino que não foi muito correto no cumprimento do contrato com minha Mãe, a incompetência comercial dos meus irmãos Paulo e Zezé, as trapalhadas desastrosas dos meus cunhados, a eleição do Fernando Collor... Tudo isso forma uma fantástica confluência de ACASOS que permitem agora esses nossos gloriosos cafés nas manhãs de domingo.
Olha que
casal maravilhoso. Elegante, charmoso, e cheio de vitalidade.
Nove meses depois que eu parti, meu Pai alugou a Churrascaria para o Jeová...
(Eu até chorei quando fiquei sabendo disso, em setembro de 1972. Mas para mim já não era mais possível voltar pra Itararé. Aliás, o contrato, muito mal redigido pelo Tio Ênio Martins, era irrescindível. Trinta e seis meses, sem cláusula de reajuste... E o mesmo Tio Ênio renovou a burrice quando, depois do Jeová, alugamos para o Licão, por mais três anos.)
Bom frisar que essa propriedade só cresceu até 1971.Depois que eu fui para São Paulo (em Janeiro de 1972, para estudar Filosofia na USP), não compramos nem sequer um metro quadrado de terreno. Ou seja, sem mim o patrimônio não cresceu.Aliás, diminuiu. Era eu quem gerenciava a Churrascaria do Luizito. Apesar do trabalho árduo da minha Mãe, sem mim nada funcionava. Tanto que, nove meses depois que eu parti, meu Pai arrendou o restaurante para o Jeová, num contrato de três anos. Em seguida, mais três anos para o Lico. Foram seis anos de ruína financeira para a família. O terreno onde tínhamos a casa de madeira (ao lado do estacionamento) foi vendido para o Otávio, por volta de 1975. Depois, no início dos anos 90, criamos a Choperia(*), construída quase totalmente com dinheiro que eu mandei. Eu cheguei a deixar cheques assinados em branco para o Zezé usar nesse projeto (Júnior e Eliane lembram-se disso, e mandaram-me recentemente um testemunho por escrito). A Eloisa e a Regina devem se lembrar disso também. É só perguntar pra elas.
(*) A então Choperia (que, economicamente, foi um fracasso monumental) é hoje o salão à esquerda de quem entra na Churrascaria dos Gaúchos.
Se ele não tivesse raptado amorosamente a Vitalina, nada disso estaria acontecendo. Se o meu corajoso e culto bisavô Luiz Marques não tivesse decidido morar no Sul (talvez no Uruguay) com sua amada adolescente (treze anos de idade!), ele não teria passado por Itararé, numa noite enluarada de 1905, onde seria preciso trocar de trem, da Estrada de Ferro Sorocabana para o da Rede Paraná Santa Catarina. Não teria, portanto, conhecido o Sr Tonico Adolfo, que o convenceu a comprar umas terras por aqui, inclusive a propriedade onde ficam hoje a Casa Azul e a Churrascaria dos Gaúchos. Não fosse por isso (por esse maravilhoso conjunto de acasos), Luiz Marques e Vitalina teriam seguido viagem para o Sul. E a Maria, mãe do meu Pai, não teria nascido aqui. Nem teria conhecido o Joaquim dos Santos, obviamente. E meu Pai, portanto, não seria concebido por esse casal. Nem por outro. E nem eu nem meus irmãos existiríamos.Minha Mãe teria existido, é claro, mas seus eventuais filhos seriam outros. Como se pode facilmente concluir, se não fosse o ACASO, se não fosse a coragem do apaixonado Luiz Marques (nem o dinheiro e os oito livros que ele trazia na mala), nada disso teria acontecido. Nada disso. E eu não estaria aqui, agora, ouvindo pássaros na Casa Azul.
Nem você estaria lendo essa minha história.
Aliás, eu tenho a impressão de que teu pai e tua mãe também se conheceram por acaso... Assim como os teus quatro avós.
Pense nisso.
12.02.25.
A história ainda vai continuar.
(...)
E eu fico aqui pensando sobre esse ousado fazendeiro, que teve a coragem sexagenária de abandonar a própria esposa e mais de mil cabeças de gado, só para seguir um grande amor...
Veja aqui como tudo começou.
Como foi que Vitalina entrou na história.
De vez em quando temos Panga Vietnamita.
Costela...
Macarrão da Nonna com drumetes e radite refogado...
Feijoada.
Que aqui eles chamam de Feijão preto...
Tudo aqui é arte gastronômica.
E eu continuo pensando sobre o meu corajoso e genial Bisavô Luiz Marques...
Antonio Abujamra interpreta aqui o texto que escrevi sobre meu bisavô.
Carnes de primeira e assadas com muito carinho e extremo cuidado, saladas fresquinhas e crocantes, ovos cozidos e pão macio. Polenta frita. Vinhos branco, tinto e rosé, à vontade. Tempo livre e conversa boa. Sossego e transparência.
🍇
Trinta e dois anos de sucesso absoluto!!!
Nilvo, iluminado pela Luz Divina e a Luz da Iza.
Como já dissemos, o primeiro a chegar aqui, em 1993, após ter vivido uns tempos em Rondônia, foi o Armelindo. A churrascaria, depois do insucesso retumbante do Paulo e do Zezé, estava alugada para o Jucelino, que costumava atrasar os pagamentos à minha Mãe. Foi então que Armelindo convidou Nilvo, e ambos assumiram um novo contrato com minha Mãe. E foi só a partir daí que minha Mãe começou a ter sossego. Começou a ter uma vida boa...
Ainda vamos colocar legendas nessas fotos.
Às vezes temos a Minestra da Nonna, que o Armelindo prepara nas quintas-feiras à noite.
A propósito, o Armelindo mandou as seguintes imagens.
O radite refogado com bacon
Joelho de porco assado.
O delicioso torresmo...
O macarrão da Nonna.
Temos mais de duzentas outras imagens sendo preparadas para que sejam publicadas nesta página.
Piso em cacos de cerâmica que ajudei meu Pai a fazer em 1967.
Vamos repetir este parágrafo crucial. Os irmãos Gaúchos (Nilvo e Armelindo) vieram à Itararé (*), há mais de trinta anos, para aperfeiçoar, juntamente com a Iza e de modo extremamente competente, uma história que começou há mais de 140 anos, com a ousadia gloriosa e destemida do meu bisavô Luiz Marques. Ousadia dele e da minha inesquecível Vó Vitalina. Obviamente, sem esquecer do trabalho incessante e abnegado da minha Mãe Iracy e do meu Pai Luizito. Toda decisão é crucial.
(*) É preciso ressaltar aqui mais uma vez o seguinte ponto crucial na estrada da vida dessas pessoas. Com base no relato já citado dos irmãos Nilvo e Armelindo, estou escrevendo sobre os muitos ACASOS que levaram esses dois gaúchos a virem para Itararé, no começo da década de 1990. O pequeno acidente do Nilvo com seu Passat quando ia visitar o filho Leno, o encontro dele por acaso com a surpreendente Iza num ônibus na estação rodoviária de Pato Branco, a viagem do Armelindo para Rondônia, o Jucelino que não foi muito correto no cumprimento do contrato com minha Mãe, a incompetência comercial dos meus irmãos Paulo e Zezé, as trapalhadas desastrosas dos meus cunhados, a eleição do Fernando Collor... Tudo isso forma uma fantástica confluência de ACASOS que permitem agora esses nossos gloriosos cafés nas manhãs de domingo. Sem esses acasos todos, nem sequer teríamos nossas reuniões festivas quase diárias na Mesa 01 ("da Diretoria", como costumamos chamar.)
Se ele não tivesse raptado amorosamente a Vitalina, nada disso estaria acontecendo. Se o meu corajoso e culto bisavô Luiz Marques não tivesse decidido morar no Sul (talvez no Uruguay) com sua amada adolescente (treze anos de idade!), ele não teria passado por Itararé, numa noite enluarada de 1905, onde seria preciso trocar de trem, da Estrada de Ferro Sorocabana para o da Rede Paraná Santa Catarina. Não teria, portanto, conhecido o Sr Tonico Adolfo, que o convenceu a comprar umas terras por aqui, inclusive a propriedade onde ficam hoje a Casa Azul e a Churrascaria dos Gaúchos. Não fosse por isso (por esse maravilhoso conjunto de acasos), Luiz Marques e Vitalina teriam seguido viagem para o Sul. E a Maria, mãe do meu Pai, não teria nascido aqui. Nem teria conhecido o Joaquim dos Santos, obviamente. E meu Pai, portanto, não seria concebido por esse casal. Nem por outro. E nem eu nem meus irmãos existiríamos.Minha Mãe teria existido, é claro, mas seus eventuais filhos seriam outros. Como se pode facilmente concluir, se não fosse o ACASO, se não fosse a coragem do apaixonado Luiz Marques (nem o dinheiro e os oito livros que ele trazia na mala), nada disso teria acontecido. Nada disso. E eu não estaria aqui, agora, ouvindo pássaros na Casa Azul.
Nem você estaria lendo essa minha história.
Aliás, eu tenho a impressão de que teu pai e tua mãe também se conheceram por acaso... Assim como os teus quatro avós.
Por que será que meu Pai não conseguiu tocar a churrascaria sem mim? Nove meses depois que eu parti, ele arrendou a Churrascaria para o Jeová...
(Como já disse acima, eu até chorei quando fiquei sabendo disso, em setembro de 1972. Mas para mim já não era mais possível voltar pra Itararé. Aliás, o contrato, muito mal redigido pelo Tio Ênio Martins, era irrescindível. Trinta e seis meses, sem cláusula de reajuste... E o mesmo Tio Ênio renovou a burrice quando, depois do Jeová, alugamos para o Licão, por mais três anos.)
Por uma questão de biografia, a visão que eu tenho sobre a venda dessa propriedade é muito diferente da dos demais herdeiros. Eu tenho uma ligação sentimental com essa propriedade. Sentimental, além de espiritual e emocional. A grande maioria dos herdeiros (com exceção talvez de Eloisa, Eliane e Regina) não têm nem nunca tiveram envolvimento emocional, primeiro com o boteco e depois com o restaurante. Não participaram da construção desse patrimônio.Não moveram uma palha para a criação dessa história. Portanto, a visão que essas pessoas secundárias têm a respeito dessa questão é agora meramente financeira. Só querem a grana que, por Lei, lhes cabe. Compreendo.Mas não é o meu caso.Porque eu estive presente em todos os grandes momentos dessa história. Desde o primeiro dia em que abrimos o boteco. Desde o primeiro dia que abrimos o restaurante. E por causa disso resolvi escrever um depoimento onde explico as razões pelas quais eu não vou assinar nenhum documento de vendadessa querida propriedade. Porque meu corpo, meu coração e minha alma estão imbricados nos alicerces dessa história.
E eu fico aqui pensando sobre esse ousado fazendeiro, que teve a coragem sexagenária de abandonar a própria esposa e mais de mil cabeças de gado, só para seguir um grande amor...