Teoria do Acaso



Com base na tese que defendo no livro Teoria do Acaso, só somos o que somos porque fomos o que fomos. O destino não passa de uma inegável sucessão de acasos. A liberdade é sempre condicionada pela base material da existência. Se meu bisavô não tivesse raptado amorosamente sua amada  Vitalina (*) em 1905, eu nem sequer existiria. Se alguém batesse à porta da casa do meu Pai minutos antes de ele transar com minha Mãe (**) no dia em que fui gerado, eu também jamais existiria.

(*) Ela me ensinou as Sete Maravilhas quando eu tinha sete anos. E o nome completo da Princesa Isabel, também.

(**) Aliás, isso aconteceu mesmo. Depois eu te conto.


Isso vale inclusive pra você.


E se eu tivesse me casado com o primeiro grande amor da minha vida, certamente não estaria aqui, agora, solteiro — e feliz. Ou talvez meu conceito de felicidade fosse outro, e eu hoje poderia estar mais feliz ainda — e casado. Mas, com base nas estatísticas, e se o casamento é mesmo o túmulo do amor, tivesse casado, eu hoje estaria morto — no sentido figurado, ou de verdade, tanto faz.


Como se vê, o acúmulo das decisões tomadas por nós determina a situação presente. Nesse sentido, se eu mudasse qualquer das decisões que tomei, por menores que fossem, em qualquer momento anterior da minha vida, nada do que vivi após essa decisão teria acontecido como aconteceu. E hoje eu não seria o que sou. Poderia estar melhor ou pior, não importa. O que realmente importa é que toda decisão é crucial. Portanto, reflita bastante sobre as decisões que você estiver tomando hoje. Elas determinarão o teu futuro, necessariamente. E como mudar o passado não é mais possível, tente mudar o futuro. Se o caminho que você hoje percorre pode desembocar na escuridão, tome providências.



Às vezes, na vida da gente, logo ali à frente pode haver uma emboscada. Ou talvez uma porta escancarada para o céu, não se sabe. Mas vale a pena correr o risco.




Depois que eu comecei a reformar a Casa Azul ela foi ficando assim.

Charmosa, aconchegante, cheia de Graça, cheia de luz e alegria.

Tudo por acaso...



Você pode ler os capítulos iniciais desse livro AQUI




Basicamente, ela chegou a essa conclusão porque, nesses trinta anos, nunca me viu triste. Nunca me viu brabo, nem ansioso, nem desesperado. Nunca me viu desequilibrado emocionalmente. Nunca me viu brigar com ninguém. Nunca me viu doente. Nunca me viu reclamar de coisa nenhuma.

Ao contrário: 

Ela sempre me viu alegre, sorrindo, cordial, empático, simpático, compreensivo. Sensato. Bem-humorado. Racional. Carinhoso. Criativo. Solidário. E comunista...


Ou seja, comparativamente aos demais, eu não pareço ser humano... rs!


E estamos completando quase trinta anos de convivência extremamente harmoniosa. Intensa. Quatorze anos na mesma casa. Mais treze anos no mesmo prédio. E nos três últimos anos (quando ela engravidou da Lunna) a convivência é quase toda virtual, com conversas geralmente diárias... Longas. Gostosas. Alegres.

Nunca brigamos.

🩷

Vou pedir pra ela gravar um depoimento sobre isso.

 

 

Chegamos a trabalhar juntos, por mais de quinze anos, em quatro das empresas que abrimos:


NorteSul, a PortoBelissimo, a Primeira Construtora e a Calçadas do Brasil. E ainda vamos abrir mais algumas.

🟩🟩🟩

 

E eu adoro que assim seja!

16.11.2025



Outras justificativas dela para ter chegado a essa conclusão podem ser vistas em:

www.MudeaVida.com

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Edson Marques.


Minha Mãe também pensava isso a meu respeito.




Mais detalhes em

www.EdsonMarques.com

***

















Se ele, fazendeiro que era em Minas Gerais, não tivesse raptado amorosamente a Vitalina, nada disso estaria acontecendo. Se o meu corajoso e culto bisavô Luiz Marques não tivesse decidido morar no Sul (talvez no Uruguay) com sua amada adolescente (treze anos de idade!), ele, vindo do norte de Minas, não teria passado por Itararé, numa noite enluarada de 1905, onde seria preciso trocar de trem, da Estrada de Ferro Sorocabana para o da Rede Paraná Santa Catarina. Não teria, portanto, e por acaso, conhecido o Sr Tonico Adolfo, que o convenceu a comprar umas terras por aqui, inclusive a propriedade onde ficam hoje a Casa Azul e a Churrascaria dos Gaúchos. Não fosse por isso (por esse maravilhoso conjunto de acasos), Luiz Marques e Vitalina teriam seguido viagem para o Sul. E Maria, a primeira filha de Vitalina e mãe do meu Pai, não teria nascido aqui. Nem teria conhecido o Joaquim dos Santos, obviamente. E meu Pai, portanto, não seria concebido por esse casal. Nem por outro. E nem eu nem meus irmãos existiríamos. Minha Mãe teria existido, é claro, posto que viera do Salto, mas seus eventuais filhos seriam outros. Logo, como se pode facilmente concluir, se não fosse o ACASO, se não fosse a coragem do apaixonado Luiz Marques (nem o dinheiro e os oito livros que ele trazia na mala), nada disso teria acontecido. Nada disso. E eu não estaria aqui, agora, ouvindo pássaros na Casa Azul.

Nem você estaria lendo essa minha história.

Aliás, eu tenho a impressão de que teu pai e tua mãe também se conheceram por acaso... Assim como os teus quatro avós.

Pense nisso.

12.02.25.

A história ainda vai continuar.

(...)


E eu fico aqui pensando sobre esse ousado fazendeiro, que teve a coragem sexagenária de abandonar a própria esposa e mais de mil cabeças de gado, só para seguir um grande amor...


O mestre Antonio Abujamra interpreta aqui, no vídeo acima, um breve texto que escrevi sobre meu bisavô.

13.02.25.




A vida é um jogo, e eu precisava de riscos. Se eu não mudasse, afundaria junto com as circunstâncias. Era preciso, portanto, que eu sumisse dali, que abandonasse tudo o que me envolvia. Tudo o que me cercava. Tudo: o Pai, os irmãos, a família, os amigos, a escola, o restaurante, o professor. O time, o futebol, as duas namoradas, minha Vó, meus espetos de picanha e o cheirinho de carvão. Eu tinha que abandonar tudo, inclusive minhas idéias, especialmente as preconcebidas. Os cobertores azuis, a pátria, a religião, e até mesmo o meu querido cavalo Estrela. Eu tinha quinze anos. E tinha que abandonar tudo, até mesmo as alegrias. Meus lençóis branquinhos de algodão, meu quarto, minha mesa, meus livros, meu baralho, meus recortes de jornal e meu jogo de xadrez. Eu tinha que abandonar TUDO — menos a Mãe — e antes que chegassem a acomodação e a certeza de um conforto carcereiro absoluto. Eu precisava me desligar daquele passado, urgentemente. Eu precisava me salvar. Então, de modo racional e elegante, cuidadosamente, montei um Plano de Salvação. Enchi meu peito de futuro e de coragem, de alegria e de relâmpagos — e mergulhei de cabeça na incerta e gloriosa correnteza da vida. Nas águas revoltas do coração poético do mundo livre.

Deu certo, felizmente.






A vida é um jogo, e eu precisava de riscos.

Aliás, preciso ainda.

Foto feita por mim em 27.02.25





O Jardim da Mãe.
23.02.25.

Foto do quintal feita por mim em 28.02.25. 




Sabedoria Agrícola
27.01.2020


A seguir, alguns links para ler sobre






Minha Mãe está olhando tudo isso lá de cima.







instagram.com/edmalux




Quero ressaltar o duplo sentido da expressão Solidão a Mil. Não me refiro à tristeza de uma solidão multiplicada, lamentável, quando nos sentimos completamente sozinhos, mesmo em meio a muitos. Eu me refiro à alegria profunda de quem vive a própria solidão a toda velocidade: a mil. Também discuto, e muito, a diferença crucial entre solidão e solitude. Nesse livro, de quatrocentas páginas, eu misturo amor e liberdade, ficção e biografia. É uma nova forma de escrever. E também uma nova forma de se ler.

Eu sempre durmo no chão...
Um lençolzinho de algodão azul sobre o tatame, um travesseiro simples de cetim, cinco edredons esparramados livremente, e uma gostosura indescritível.


E fico tomando vinho e decisões nos braços abertos do meu mais recente amor eterno.



Sou apenas um poeta. Mas estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.



Mais uma ideia que deu certo



Eu fui gerado sem pressa, na primeira noite enluarada de uma Primavera escandalosa, por dois seres amorosos e amantíssimos, no quarto da frente de uma casinha de madeira ao lado de uma roseira branca, no finzinho de uma rua principal...


Quase debaixo do pé de manga da Vó Vitalina.




Não tinha como dar errado!



O acolchoado florido que minha Mãe me deu em 1994.
Tenho até hoje.



Mas agora eu quero falar de ideias e projetos.



Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.




Ideias nascem na minha cabeça como fossem cabelos. Às vezes lisas, outras vezes enroladas, em cachos, negras, loiras, caracóis. Tenho que penteá-las, faço luzes, dou-lhes brilho, corto as pontas. Algumas são aranhas, delirantes, apressadas; outras, sementes, delicadas, viram trigo, ouro em nuvens, brancas, loucas, prateadas. Diferentes entre si, são multicores, quase sempre. Todas verdes, entretanto. Mas não quero que amadureçam... Em verdade, quero é torná-las ainda mais verdes, mais puras, mais viçosas, mais crianças — mais inocentes. Mais fáceis de serem pensadas e sentidas. E portanto mais belas e velozes, para que se transmitam galopantes nesse louco cavalo alado chamado Amor.


Às vezes, eu chego a pensar que já não mais escreverei coisas novas. Mas, logo em seguida, inspirado por amantes deliciosas em noites de luar escandaloso, inspirado por vinho, flores e estrelas e abraçado à liberdade absoluta — outras mil ideias luminosas fervilham na minha cabeça flamejante. No coração, metáforas pululam docemente como rãs embriagadas de néctar; nos meus olhos, imagens dançam coreografias maravilhosas criadas por Deus. E de minhas línguas e seus versos nascem palavras grávidas de encantos que se dão à luz. Então, escrevo. Escrevo, danço, pinto e bordo...





Vamos falar um pouco Dele.



"Se te baterem na face esquerda, ofereça também a direita."
Mateus 5:39.

Dizem que isso é de autoria de Jesus, mas eu não creio. Afinal, Jesus não era um plagiador, e, segundo pesquisa que fiz na internet, essa mesma frase já havia sido dita duas vezes antes dele: por Akhenaton em 1364 a.C e pelo Buda Siddartha Gautama em 564 a.C.
(...)

Mas, como está no Sermão da Montanha — que eu acho uma das coisas mais belas da Bíblia — vamos supor que Jesus tenha realmente dito essa frase absurda.



Oferecer mansamente a face direita a quem te bater na esquerda?!


— Claro que não!

(*)

Eu já dei minha versão a isso em outro local. Qual seja: após te baterem, ofereça o teu OUTRO LADO. O teu lado valente. Teu lado intrépido, arrojado, corajoso.

Dito de outra forma:

— REVIDE A PORRADA !!!

👆







Em 2019-2020 eu fiquei morando no Itararé Hotel por 17 meses, só tendo ideias novas, além de refinar o projeto da Casa Azul. E também almoçando deliciosamente no Gaúcho, quase todo dia.




Em 12.06.2020 eu tive minha ideia número 1.000. Em 22 de fevereiro de 2023, na madrugada, em sonho, eu tive minha ideia 1.271. A partir de uma jaqueta de couro inteligente. Em 18.10.23 eu tive minha ideia 1296 - Força Lógica. Em 02.02.24 eu estava na minha ideia 1302 - TriUber. E hoje, 20.01.25, estou na ideia 1.323.



Resumindo. De 12.06.2020 até hoje eu tive 323 ideias novas.




AQUI.











Tem dias em que eu contemporizo. Viro um mediador da realidade. Até penso em consertar algumas coisas, embora sabendo que melhor seria talvez desarrumar todas elas de uma vez. 

Na verdade, eu devia mesmo era realçar essa anarquia deliciosa que me abraça louca, buscar mais harmonia bonita no desarranjo puro, na inconsequência dançante, no abismo alado absoluto. 

Desestabilizar esse caos filoerótico que já está ficando íntimo demais. Pôr um pouco mais de dúvidas e flores nas certezas cotidianas. Criar outras loucuras e alegrias, mais doçuras e outros riscos, mais sol, deslumbramentos. E tornar-me desnecessário para todos, para tudo — e para sempre.

E para mim.


Mas tudo de modo amoroso e sem perder a ternura jamais.






A propósito, hoje estou cuidando da

ÚNICA

Usina Nuclear de Ideias e Conceitos Avançados.










Para fazer as minhas obras, eu às vezes me inspiro em Miró, outras vezes em DaliNiemeyerFrank Gehry, e também em Gaudí e Calatrava.


No fundo, sou apenas um poeta.




A vida é uma Obra de Arte.













A vida é uma aventura extraordinária.



Meu poema Mude no comercial da Fiat.




E o pé de pitanga está lindo.
Foto feita em 10.10.23.

.






O trem da vida passa ao teu lado, e você finge que nem vê. Ele apita na curva e você diz que não ouviu. Você passa a vida inteira preparando as malas...

Você gasta a existência toda arrumando a bagagem, gritando com filhos e carregadores. Gritando com fantasmas e amores, pequeninos, cerceadores.

Você vive de cabeça baixa, derrubando sonhos e pacotes, projetos, tentações.


Por isso eu agora te pergunto:

Quando é que você vai criar coragem — e subir de vez no trem da vida? 


Quando é que você vai abraçar enfim a Glória e saltar profundo?

Quando?

🔵




O que será que tem atrás daquela porta?












Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.







Click acima para ver fotos de 30.08.23.




A seguir, uma das primeiras obras da
2005






Almoço que fiz hoje.



Talharim Bonalle, com picanha suína, alho cozido, champignon e cebolinha, tudo sob uma torre generosa de parmesão ralado.






Quase 600 páginas, encadernadas com entusiasmo.


Mas tem dias que eu tento conter este divino coração que salta profundo de mim, e que me beija dançando de dentro pra fora. Amantíssimo, poético, livre — e meu: eis o meu coração, meu amor: escancarado em teus braços... Porque em mim agora não existem outras estações. A primavera toda cresce dentro do meu peito, e as flores já não murcham mais. Sou um trem desgovernado em direção ao interior. Zen, vazio de tudo mas cheio de graça, com seu louco motivo e doce razão. E o apito sinuoso que se ouve daqui, reto, respeitoso, se curva.


Também não quero que me considerem muito original: eu apenas repito o que me dizem os pássaros livres no quintal azul da minha Mãe. Transformo em português, literalmente, os cantos que eles cantam para mim. E repito-os para que vocês possam ouvi-los de verdade em nossa língua. Às vezes, quando chove chuva e o canto deles vem molhado, limpo um pouco o seu trinado, acrescento algumas notas, pinto-as de vermelho, reescrevo a melodia. E transformo o bem-te-vi em bem-te-vejo. O beija-flor em minha estrela. O pardal em perdão, o tiziu em tesão. E abro todas as gaiolas.



Todos os dias.