Mais uma ideia que deu certo



Eu fui gerado sem pressa, na primeira noite enluarada de uma Primavera escandalosa, por dois seres amorosos e amantíssimos, no quarto da frente de uma casinha de madeira ao lado de uma roseira branca, no finzinho de uma rua principal...


Quase debaixo do pé de manga da Vó Vitalina.




Não tinha como dar errado!



O acolchoado florido que minha Mãe me deu em 1994.
Tenho até hoje.



Mas agora eu quero falar de ideias e projetos.



Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.




Ideias nascem na minha cabeça como fossem cabelos. Às vezes lisas, outras vezes enroladas, em cachos, negras, loiras, caracóis. Tenho que penteá-las, faço luzes, dou-lhes brilho, corto as pontas. Algumas são aranhas, delirantes, apressadas; outras, sementes, delicadas, viram trigo, ouro em nuvens, brancas, loucas, prateadas. Diferentes entre si, são multicores, quase sempre. Todas verdes, entretanto. Mas não quero que amadureçam... Em verdade, quero é torná-las ainda mais verdes, mais puras, mais viçosas, mais crianças — mais inocentes. Mais fáceis de serem pensadas e sentidas. E portanto mais belas e velozes, para que se transmitam galopantes nesse louco cavalo alado chamado Amor.


Às vezes, eu chego a pensar que já não mais escreverei coisas novas. Mas, logo em seguida, inspirado por amantes deliciosas em noites de luar escandaloso, inspirado por vinho, flores e estrelas e abraçado à liberdade absoluta — outras mil ideias luminosas fervilham na minha cabeça flamejante. No coração, metáforas pululam docemente como rãs embriagadas de néctar; nos meus olhos, imagens dançam coreografias maravilhosas criadas por Deus. E de minhas línguas e seus versos nascem palavras grávidas de encantos que se dão à luz. Então, escrevo. Escrevo, danço, pinto e bordo...





Vamos falar um pouco Dele.



"Se te baterem na face esquerda, ofereça também a direita."
Mateus 5:39.

Dizem que isso é de autoria de Jesus, mas eu não creio. Afinal, Jesus não era um plagiador, e, segundo pesquisa que fiz na internet, essa mesma frase já havia sido dita duas vezes antes dele: por Akhenaton em 1364 a.C e pelo Buda Siddartha Gautama em 564 a.C.
(...)

Mas, como está no Sermão da Montanha — que eu acho uma das coisas mais belas da Bíblia — vamos supor que Jesus tenha realmente dito essa frase absurda.



Oferecer mansamente a face direita a quem te bater na esquerda?!


— Claro que não!

(*)

Eu já dei minha versão a isso em outro local. Qual seja: após te baterem, ofereça o teu OUTRO LADO. O teu lado valente. Teu lado intrépido, arrojado, corajoso.

Dito de outra forma:

— REVIDE A PORRADA !!!

👆







Em 2019-2020 eu fiquei morando no Itararé Hotel por 17 meses, só tendo ideias novas, além de refinar o projeto da Casa Azul. E também almoçando deliciosamente no Gaúcho, quase todo dia.




Em 12.06.2020 eu tive minha ideia número 1.000. Em 22 de fevereiro de 2023, na madrugada, em sonho, eu tive minha ideia 1.271. A partir de uma jaqueta de couro inteligente. Em 18.10.23 eu tive minha ideia 1296 - Força Lógica. Em 02.02.24 eu estava na minha ideia 1302 - TriUber. E hoje, 20.01.25, estou na ideia 1.323.



Resumindo. De 12.06.2020 até hoje eu tive 323 ideias novas.




AQUI.











Tem dias em que eu contemporizo. Viro um mediador da realidade. Até penso em consertar algumas coisas, embora sabendo que melhor seria talvez desarrumar todas elas de uma vez. 

Na verdade, eu devia mesmo era realçar essa anarquia deliciosa que me abraça louca, buscar mais harmonia bonita no desarranjo puro, na inconsequência dançante, no abismo alado absoluto. 

Desestabilizar esse caos filoerótico que já está ficando íntimo demais. Pôr um pouco mais de dúvidas e flores nas certezas cotidianas. Criar outras loucuras e alegrias, mais doçuras e outros riscos, mais sol, deslumbramentos. E tornar-me desnecessário para todos, para tudo — e para sempre.

E para mim.


Mas tudo de modo amoroso e sem perder a ternura jamais.






A propósito, hoje estou cuidando da

ÚNICA

Usina Nuclear de Ideias e Conceitos Avançados.










Para fazer as minhas obras, eu às vezes me inspiro em Miró, outras vezes em DaliNiemeyerFrank Gehry, e também em Gaudí e Calatrava.


No fundo, sou apenas um poeta.




A vida é uma Obra de Arte.













A vida é uma aventura extraordinária.



Meu poema Mude no comercial da Fiat.




E o pé de pitanga está lindo.
Foto feita em 10.10.23.

.






O trem da vida passa ao teu lado, e você finge que nem vê. Ele apita na curva e você diz que não ouviu. Você passa a vida inteira preparando as malas...

Você gasta a existência toda arrumando a bagagem, gritando com filhos e carregadores. Gritando com fantasmas e amores, pequeninos, cerceadores.

Você vive de cabeça baixa, derrubando sonhos e pacotes, projetos, tentações.


Por isso eu agora te pergunto:

Quando é que você vai criar coragem — e subir de vez no trem da vida? 


Quando é que você vai abraçar enfim a Glória e saltar profundo?

Quando?

🔵




O que será que tem atrás daquela porta?












Planejamento cuidadoso, disciplina absoluta e flexibilidade conceitual. Sócios brilhantes, capital de sobra, e um excelente sistema de informações. Marketing eficiente, prospecção de mercado, intensa captação de clientes, competência operacional, e boa estrutura administrativa. Comunicação constante. Parceiros confiáveis. Ampla terceirização. E uma rotina de pós-venda de primeira classe. Eis os fundamentos para o sucesso de uma empresa que certamente será grande.







Click acima para ver fotos de 30.08.23.




A seguir, uma das primeiras obras da
2005






Almoço que fiz hoje.



Talharim Bonalle, com picanha suína, alho cozido, champignon e cebolinha, tudo sob uma torre generosa de parmesão ralado.






Quase 600 páginas, encadernadas com entusiasmo.


Mas tem dias que eu tento conter este divino coração que salta profundo de mim, e que me beija dançando de dentro pra fora. Amantíssimo, poético, livre — e meu: eis o meu coração, meu amor: escancarado em teus braços... Porque em mim agora não existem outras estações. A primavera toda cresce dentro do meu peito, e as flores já não murcham mais. Sou um trem desgovernado em direção ao interior. Zen, vazio de tudo mas cheio de graça, com seu louco motivo e doce razão. E o apito sinuoso que se ouve daqui, reto, respeitoso, se curva.


Também não quero que me considerem muito original: eu apenas repito o que me dizem os pássaros livres no quintal azul da minha Mãe. Transformo em português, literalmente, os cantos que eles cantam para mim. E repito-os para que vocês possam ouvi-los de verdade em nossa língua. Às vezes, quando chove chuva e o canto deles vem molhado, limpo um pouco o seu trinado, acrescento algumas notas, pinto-as de vermelho, reescrevo a melodia. E transformo o bem-te-vi em bem-te-vejo. O beija-flor em minha estrela. O pardal em perdão, o tiziu em tesão. E abro todas as gaiolas.



Todos os dias.